Eu vou me esforçar até você me notar. Essa é a promessa que algumas pessoas fazem a si mesmas quando se deparam com uma paixão platônica. É uma sensação comum, sentir-se atraído por alguém que não sente o mesmo por nós. Mas o que fazer quando essa paixão se transforma em obsessão?

Isso foi o que aconteceu comigo. Me apaixonei por um colega de trabalho e o meu coração batia mais forte cada vez que ele entrava na sala. Mas, apesar de todas as minhas tentativas, ele nunca pareceu me perceber. Eu me esforçava para estar perto dele, para fazer elogios, para rir de suas piadas. Tudo foi em vão.

Enquanto isso, eu me afundava em um mar de pensamentos negativos: não sou bonita o suficiente, não sou interessante, não sou engraçada. Minha autoestima estava abalada e eu me perguntava o que tinha de errado comigo.

Demorei muito tempo para perceber que o problema não estava em mim. O problema era a minha paixão pelo meu colega. Eu o via como um prêmio a ser conquistado, mas eu não era um objeto para ser ganho. Eu era uma pessoa, com meus próprios pensamentos, sentimentos e aspirações.

Percebi que eu não precisava da atenção dele para me sentir bem comigo mesma. Comecei a investir em mim mesma, a me aceitar e a buscar coisas que me faziam feliz. Fiz novas amizades, experimentei novos hobbies, cortei o cabelo. Aos poucos, fui me tornando mais confiante em mim mesma.

Claro, a paixão ainda estava ali, mas ela não era mais o foco da minha vida. Eu podia apreciar a beleza de uma flor sem precisar tê-la em meu jardim. Eu aprendi que o amor não correspondido não precisa ser uma maldição, e que é possível superá-lo.

Hoje em dia, eu ainda sinto uma pontinha de tristeza quando vejo meu colega de trabalho, mas isso não me abala mais. Eu sei que ele é uma pessoa com suas próprias escolhas e preferências, e que eu também sou assim.

Às vezes, nos deixamos levar por paixões platônicas que nos trazem mais tristeza do que felicidade. Mas a verdade é que não precisamos de alguém para nos completar. Somos completos em nós mesmos. E, quando aprendemos a nos amar, podemos abrir as portas para novas oportunidades de amor e felicidade.